Benfica: Stadi | Estádio do Sport Lisboa e Benfica In corso | | Estádio da Luz 1954/55 - 2002/03São Domingos de Benfica - Lisboa 120000 | | Campo Grande 412 1941/42 - 1953/54 | | Campo das Amoreiras 1925/26 - 1939/40O Estádio das Amoreiras foi a concretização de um sonho de 20 anos, que permitiu ao Benfica ter finalmente um "poiso certo". Quando a Escola Normal começou a exigir, em 1920, a utilização dos terrenos da Quinta de Marrocos (local onde se situava o velho campo de Benfica), o Clube iniciou contactos para conseguir um espaço onde pudesse construir um campo atlético. Em 10/04/1921, uma vez mais por intermédio de Cosme Damião, o Benfica conseguiu um terreno onde se podiam erguer novas instalações desportivas. A Direcção nomeada em 10/09/1921 teve tarefa de grande envergadura na preparação da transferência do parque de jogos para o terreno onde o Benfica havia de erguer uma obra notável para a época, embora não tivesse chegado a ficar concluída por completo - o Estádio das Amoreiras.
[più »] O Estádio das Amoreiras foi a concretização de um sonho de 20 anos, que permitiu ao Benfica ter finalmente um "poiso certo". Quando a Escola Normal começou a exigir, em 1920, a utilização dos terrenos da Quinta de Marrocos (local onde se situava o velho campo de Benfica), o Clube iniciou contactos para conseguir um espaço onde pudesse construir um campo atlético. Em 10/04/1921, uma vez mais por intermédio de Cosme Damião, o Benfica conseguiu um terreno onde se podiam erguer novas instalações desportivas. A Direcção nomeada em 10/09/1921 teve tarefa de grande envergadura na preparação da transferência do parque de jogos para o terreno onde o Benfica havia de erguer uma obra notável para a época, embora não tivesse chegado a ficar concluída por completo - o Estádio das Amoreiras.
Houve que preparar tudo: plano (em face das necessidades impostas pelo eclectismo desportivo), projecto, estimativas e... dinheiro! Tudo isto constituiu um processo complicado. Mas serviu, uma vez mais, para demonstrar o entusiasmo que o Benfica sempre empregou nas suas campanhas. A Direcção projectou uma obra grandiosa, destinada ao futuro. O grande objectivo era conseguir pela primeira vez, no seio do Clube (que comemorara, em 28.2.1921, o 17.º aniversário), um espaço desportivo definitivo, isto é, que, de uma vez por todas, lhe pertencesse.
Mas para concretizar o sonho era indispensável arranjar dinheiro, tendo em conta o desejo de tudo ser feito com recursos próprios, à custa de espírito de sacrifício e de muito entusiasmo. Levou dois anos a preparar o "projecto" em que assentou a aquisição dos terrenos das Amoreiras e a construção do novo parque de jogos. A Assembleia Geral realizada em 04/02/1923 foi uma das mais importantes na nossa história. A Direcção foi autorizada a realizar a emissão de 12 000 Obrigações hipotecárias, no valor de 1 200 contos, e de 5 000 Títulos de Propriedade, no valor individual de 200$00 (perfazendo, no total, 1 000 contos), para a construção do Estádio das Amoreiras e para a aquisição de terreno destinado a esse complexo. A compra do terreno, em excelentes condições de localização e preço, foi efectuada com a intervenção de Cosme Damião, que agregava, em simultâneo, as funções de vice-presidente da direcção do Clube e de empregado superior da Casa Palmela, proprietária dos terrenos.
À transacção, seguiu-se a campanha de lançamento de Obrigações e Títulos de Propriedade. Foi uma obra larga de tenacidade e de entusiasmo. O custo do terreno foi de 451 077$50. As obras iniciaram-se em Outubro de 1923. Seguiu-se a construção do Estádio, tendo a direcção contraído um empréstimo de 200 contos, destinado a acelerar o andamento das obras. Até 30/06/1924, os custos estimavam-se em 534 504$80. Um ano depois, em 30/06/1925, os valores eram já de 947 462$37. Finalmente, após mais de dois anos de trabalho esgotante, em que foi necessário as direcções fazerem um esforço gigantesco (e os associados corresponderem), o Benfica inaugurou, a 13/12/1925, um magnífico estádio, perante o testemunho de cerca de 15 000 pessoas. O sonho tornava-se realidade!
Depois do Estádio inaugurado, a Direcção foi viu-se forçada, em 25/04/1926, a contrair novo empréstimo, agora de 100 contos. Com as instalações das Amoreiras gastou-se, até 30/06/1926, 1 480 666$60, incluindo o custo do terreno. O projecto contemplava, também, uma sede junto ao estádio, plano que nunca chegou a concretizar-se! Mas foi nas Amoreiras que o Benfica ressurgiu com a força que lhe iria permitir reencontrar os grandes êxitos. Em termos associativos, o clube possuía agora mais um núcleo na cidade, captando simpatias acrescidas numa área importante de Lisboa: Amoreiras/Campolide/Campo de Ourique. Iniciava-se, assim, um "triângulo vermelho" na Capital, com vértices em Benfica (sede), Baixa (secretaria) e Amoreiras (estádio).
Os primeiros anos foram de consolidação e, em 1929, dois acontecimentos marcaram as Amoreiras, o Benfica e o desporto português: a visita da consagrada equipa húngara do Ferencvaros, considerada uma das melhores da Europa (nas habituais digressões pelo continente europeu "arrasava" os adversários, incluindo em Portugal, onde goleara já alguns dos melhores clubes portugueses - Sporting e Belenenses, pelo mesmo resultado: 6-0). Em 06/01/1929, perante uma multidão que constituiu "record" de receita em jogos realizados no nosso País, o Benfica venceu o Ferencvaros por 1-0 (considerado, durante muitos anos, o "melhor resultado do futebol português" - é que, depois, os húngaros ainda venceram, mesmo após viagens extenuantes, o V. Setúbal, por 4-1, e o FC Porto, por 5-3). O resultado reavivou os grandes feitos do Benfica em jogos com emblemas internacionais.
Por ocasião da festa comemorativa das "Bodas de Prata" do SLB, realizada no Estádio das Amoreiras, em 31/03/1929, efectuou-se uma grande parada atlética, com a participação de meio milhar de atletas de todas as modalidades, incluindo de algumas filiais. Pelo terreno das Amoreiras passou o que havia de melhor, ou de mais prometedor, entre os inúmeros atletas do Clube, que desfilaram perante as bancadas cheias de público. A repercussão no universo benfiquista e na imprensa foi tal que daí em diante, no rectângulo de jogo das Amoreiras, se passou a realizar, anualmente, uma grande parada atlética.
Foi durante a permanência nas Amoreiras que o Benfica conquistou os primeiros títulos nacionais: 3 Campeonatos de Portugal (a prova que antecedeu a Taça de Portugal) e o tri-campeonato da I Liga (35/36, 36/37 e 37/38) - competição que depois se viria a designar de I Divisão e, mais tarde (já nos anos 90), novamente de I Liga. Durante este período (1925-1940), o Benfica conquistou ainda uma Taça de Portugal e dois Campeonatos Regionais. Houve grandes jogos nas Amoreiras, com destaque (além da já referida vitória sobre o Ferencvaros), para o 13-1 ao Casa Pia (no Regional de Lisboa), o 6-0 ao FC Porto (na 2.ª mão das ½ finais da Taça de Portugal, recuperando(!) de uma derrota de 1-6 na 1.ª mão), e a vitória por 5-0 sobre Sporting, que permitiu a conquista do 10.º regional de Lisboa, em 39/40. Nas Amoreiras, conseguiu o Benfica 2 séries de 14 vitórias consecutivas e uma série de 25 jogos sem perder. Efectuaram-se neste campo 238 jogos, de que resultaram 164 vitórias, 33 empates, 41 derrotas e 812-343 em golos.
As Amoreiras foram sempre tratadas com o maior carinho pelos benfiquistas. Em 1936, chegou a pensar-se na conclusão do projecto que consistia no melhoramento e aumento das bancadas para 20 000 pessoas, bem como na construção de uma piscina. Junto ao campo de jogos, existia o campo de basquetebol e dois "courts" de ténis. No Verão de 1937, fizeram-se obras para melhorar o piso e facilitar o sistema de drenagem. Em 1939, porém, começam as preocupações com o estádio das Amoreiras: a Direcção do clube é informada de que o ministro Eng.º Duarte Pacheco não prescinde de promover rapidamente a construção de uma auto-estrada pelo traçado escolhido (que implica a inutilização da bancada do peão) e do propósito de atirar os campos desportivos para fora do perímetro interno da cidade. O Benfica tinha, então, de sair das Amoreiras e, provisoriamente, instalar-se no Campo Grande, enquanto a Câmara Municipal de Lisboa não construísse três estádios no Parque Florestal de Monsanto para os três principais clubes da capital.
A indemnização oferecida ao Benfica foi de 600 contos, valor que este contestou, conseguindo elevar o montante em cerca de 33 por cento (800 contos). Foi já sob o estigma do abandono que o Benfica promoveu, nas Amoreiras, em 23/07/1939, um grande almoço de homenagem aos campeões do Clube. Em 1940, dois momentos marcaram a despedida deste Campo: a festa comemorativa do 36.º aniversário (realizada no dia 7 de Abril) e que significou o adeus ao Campo; e a disputa do último jogo (23 de Junho) - um encontro a contar para a 1.ª Mão das meias-finais na Taça de Portugal, com o Barreirense (vitória do Benfica, por 5-2).
Actualmente, nos terrenos onde esteve o campo e instalações desportivas está o Liceu Francês e a Avenida Eng.º Duarte Pacheco. Em finais de 1940, o Benfica abandonou as Amoreiras, deixando no local apenas uma delegação. Afinal, o sonho de ter campo privado tornara-se realidade somente durante algum tempo. Após 15 anos de morada fixa, o Benfica regressava a um campo provisório, sendo "obrigado" a arrendar um espaço à CML. Para trás ficava o mítico Estádio das Amoreiras, local onde a mística muito se reforçou.
fonte: http://www.slbenfica.pt [« nascondere] | | Campo de Benfica 1916/17 - 1925/26 | | Campo de Sete Rios 1913/14 - 1916/17A ida do Benfica para Sete Rios determinou a conquista de novos adeptos noutra área da cidade, bem como a existência de espaço para introduzir no Clube novas modalidades: o Ténis, a Natação e o Pólo Aquático. Em 1908, quando se soube que não havia capacidade financeira para renovar o contrato de arrendamento na Quinta da Feiteira, os dirigentes encetaram diligências com vista à resolução do problema. Mas só em finais de 1912, muito por acção de Cosme Damião, foi possível alugar-se um terreno (por 250$00 anuais, pagos em duas prestações).
Este terreno, de nome Quinta Nova, pertencia à Casa Palmela, da qual Cosme Damião era o secretário. O Benfica mudava-se, então, para um local onde o futebol dominava, já que, na mesma área, existiam dois outros campos, ambos inaugurados com a participação do Benfica: o de Palhavã, propriedade do SC Império (inaugurado em 29/10/1911, com vitória do Benfica sobre o clube local, por 2-1) e o das Laranjeiras, pertença do Internacional (CIF) - inau [più »] A ida do Benfica para Sete Rios determinou a conquista de novos adeptos noutra área da cidade, bem como a existência de espaço para introduzir no Clube novas modalidades: o Ténis, a Natação e o Pólo Aquático. Em 1908, quando se soube que não havia capacidade financeira para renovar o contrato de arrendamento na Quinta da Feiteira, os dirigentes encetaram diligências com vista à resolução do problema. Mas só em finais de 1912, muito por acção de Cosme Damião, foi possível alugar-se um terreno (por 250$00 anuais, pagos em duas prestações).
Este terreno, de nome Quinta Nova, pertencia à Casa Palmela, da qual Cosme Damião era o secretário. O Benfica mudava-se, então, para um local onde o futebol dominava, já que, na mesma área, existiam dois outros campos, ambos inaugurados com a participação do Benfica: o de Palhavã, propriedade do SC Império (inaugurado em 29/10/1911, com vitória do Benfica sobre o clube local, por 2-1) e o das Laranjeiras, pertença do Internacional (CIF) - inaugurado em 01/12/1911.
Para a aquisição e adaptação do terreno da Quinta Nova a campo de jogos, o Benfica fez uma subscrição aberta, no Clube, para angariação de fundos. Alugado o terreno (em 01/01/1913) - junto ao apeadeiro de Sete Rios, na linha de cintura interna dos caminhos-de-ferro (com entrada pela Estrada de Palhavã) -, iniciou-se, desde logo, o processo de preparação das obras, com a elaboração do projecto do campo (ainda sem incluir bancadas) e com a angariação de fundos especiais para fazer face à despesa extraordinária de limpeza e arranjo do terreno, tendo em vista a sua conversão em parque desportivo.
O entusiasmo era grande mas... o dinheiro escasseava. Era, por isso, necessário conciliar estas duas realidades - começar a trabalhar praticamente sem dinheiro e, na medida dos possíveis, procurá-lo com rapidez. Resolveu-se, assim, contar especialmente com o apoio dos benfiquistas, não só no fornecimento de mão de obra, mas, também, através duma subscrição de carácter voluntário, participando cada um conforme as suas posses. O entusiasmo nunca faltou. Mercê dele, foi possível iniciar as operações de arranjo do terreno, com o natural ensejo de o tornar melhor do que todos os que já existiam em Lisboa. O lema foi: "para a frente!". E poucos sócios faltaram à chamada.
Em pouco tempo, transformava-se um terreno agrícola num amplo espaço, com um piso preparado para dar lugar a um campo desportivo. A operação marcou uma fase de grande estímulo no seio do Clube, que alcançara já o estatuto de mais popular entre todas as agremiações desportivas portuguesas. Foi assinalável o esforço da massa associativa - por meio do que mais estava ao seu alcance (o trabalho ou, mesmo que pouco, o dinheiro). A circunstância deu origem a uma espécie de "febre colectiva". Directores, atletas, sócios contribuintes, ou apenas simpatizantes do nosso clube e das nossas equipas, todos se envolveram num grande esforço de cooperação.
Em certos domingos, quase não se parava ou descansava. De manhã, acarretavam-se pedras, arrancavam-se plantas e cortavam-se arbustos; depois seguia-se o almoço popular, de confraternização - geralmente uma "bacalhauzada" com batatas; mais tarde, se alguma das nossas equipas jogava, dava-se a desfilada para o terreno onde se efectuava o desafio; e por fim, no termo de mais uma jornada, extenuados mas sem desfalecimentos de ânimo, lançavam todos a uma só voz: "Viva o Benfica!".
Nas duas épocas que intercalaram a saída da Feiteira (1911) e a inauguração de Sete Rios (1913), o Benfica utilizou o campo de Palhavã (em 1911/12) e das Laranjeiras (em 1912/13) para realizar os seus jogos "em casa", a contar para o Campeonato Regional de Lisboa. E a verdade é que o uso de campo alheio não afectou o desempenho da equipa, que conquistou dois títulos durante o período em questão. Quando começaram os treinos de preparação para a época de 1913/14, já foi possível utilizar o campo de Sete-Rios. E foi com alegria e confiança que se aguardou a homologação por parte da Associação de Futebol de Lisboa (AFL).
Em 12/10/1913, perante cerca de 5 000 pessoas - número, na altura, muito pouco habitual em actividades desportivas -, a AFL abriu a época de 1913/14. No jogo mais importante, para o Regional de Lisboa, o Benfica recebeu e venceu o Sporting, por 4-0. O novo campo causou mesmo algum pasmo, pela celeridade da sua construção e pelo seu enquadramento: ao fundo do recinto de jogo, construíra-se um "chalé" de madeira, estrategicamente colocado junto a uma nora, onde o Benfica tinha as instalações de banhos e "toilette".
Na sentido de facilitar e alargar a acção da colectividade, sentiu-se a necessidade de introduzir no novo campo todos os melhoramentos possíveis, em particular as bancadas (já antes pretendidas para a Quinta da Feiteira), com vista a oferecer melhores condições aos espectadores e aumentar os níveis de assistência. Para o financiamento, optou-se pela emissão de 150 títulos de empréstimo (no valor individual de 10$00), adquiridos pelos associados. Em 11/04/1915, após o embelezamento de todo o espaço, o Benfica, então com 11 anos de actividade, tinha finalmente um campo com bancadas!
Em 29 de Maio do mesmo ano, foi inaugurado o primeiro "court" de ténis, igualando-se outros clubes elitistas que gostavam de exibir o seu "lawn-tennis", com a particularidade de o espaço benfiquista ser de acesso a todos os associados. No ano seguinte, aproveitando o antigo tanque de regas, introduziu-se a natação e o polo-aquático no Clube! No futebol, o Benfica continuou a conquistar títulos e torneios, mostrando cada vez mais que era o melhor clube português - 3 títulos regionais (13/14, 15/16 e 16/17), um Torneio "Taça de Portugal" (13/14) e o Torneio Internacional "Quatro Cidades" (15/16) - este último com uma vitória sobre o proclamado "campeão do Norte", o FC Porto, por 9-0!
O Benfica conseguiu grandes resultados neste campo. Rubricou uma série de 13 triunfos consecutivos (59-10 em golos); no total dos 38 encontros que aí disputou, venceu 28, empatou 6 e perdeu outros 6; em matéria de golos, registou a excelente marca de 130 marcados e apenas 40 sofridos, com destaque para o facto de apenas ter ficado uma vez em branco (26/02/1916).
Em 17//09/1916, definiu-se com os Desportos de Benfica as bases para a junção de ambas as instituições, tendo ficado ressalvado que, apesar da sede da Avenida Gomes Pereira possuir um campo atlético (nas traseiras), continuar-se-ia com o campo de Sete Rios - por ser mais central - até se apurar se os encargos dessa manutenção poderiam, ou não, trazer vantagens. Sucedeu, todavia, que o senhorio, em 20 e 26/06/1917 (alguns meses antes de terminar o contrato de arrendamento), dirigiu duas cartas à direcção do Benfica, pedindo a indicação do local, dia e hora a que poderia ser recebido, com o objectivo de "combinar algumas alterações a fazer no contrato para novo período de arrendamento, a começar em 1 de Janeiro de 1918".
As alterações foram depois escritas nos seguintes termos: a renda anual passava a 650$00; as contribuições (mais de 40$00 por ano) ficavam a cargo do arrendatário; benfeitorias e obras efectuadas, ou a efectuar, fossem de que material fossem, seriam pertença do senhorio; o arrendatário ficaria obrigado a retirar, ou, pelo menos, espalhar uniformemente, por todo o terreno, caso o senhorio o desejasse, o entulho que se recebera no campo e que estava a formar a elevação do lado da geral; o contrato seria por três anos, sem que o arrendatário tivesse direito a indemnização no caso de o terreno, ou parte dele, ser expropriado pela Câmara Municipal.
Estas condições foram consideradas absolutamente inaceitáveis por todos os directores presentes na reunião de 13/08/1917. Em 31 de Dezembro do mesmo ano, a direcção decidiu, procurando resolver da melhor forma o problema que o senhorio criara, abandonar Sete-Rios e remediar-se com o campo de Benfica, depois de convenientemente adaptado. O último jogo realizou-se em 07/07/1917, com o V. Setúbal (V 3-2). O Benfica mudava-se, então, para a Quinta de Marrocos, nas traseiras da Avenida Gomes Pereira, onde possuía uma ampla sede desde 17/09/1916 (anteriores instalações dos Desportos de Benfica)
Actualmente, o espaço de Sete-Rios onde o nosso Clube jogou foi sacrificado à expansão urbana de Lisboa para norte, estando ocupado por prédios e respectivos quintais, no quarteirão delimitado pela rua Prof. Lima Basto (antiga Estrada de Palhavã), rua Dr. António Granjo, rua Dr. António Martins e linha de cintura interna dos caminhos-de-ferro, junto à estação de Sete-Rios. Após 4 temporadas de glória, o clube regressava novamente a Benfica, recolhendo os "frutos da semente" que por lá deixara, quando partira em 1911.
fonte: http://www.slbenfica.pt [« nascondere] | | Campo da Feiteira 1907/08 - 1910/11 | | Terra do Desembargador 1904/05 - 1904/05Quando o Benfica foi fundado em 1904 por um grupo de amantes do futebol, as condições de que dispunham eram quase nulas e jogavam futebol onde conseguiam encontrar a complacência dos donos dos receptivos terrenos.
Foi nas Terras do Desembargador, junto ao Convento das Freiras Salésias, em Belém, onde o clube teve o seu primeiro terreno de jogo.
Contudo este era um terreno público, onde qualquer um podia ir. Por isso eram frequentes os problemas com os transeuntes, que frequentemente se intrometiam no terreno de jogo. Qualquer um podia assistir aos jogos e sempre que a bola saía do terreno de jogo dava um certo trabalho reavê-la, em especial devido à garotagem. Outro problema era que muitos dos jogadores tinham um estatuto social elevado, e era desconfortável, estarem ali a serem criticados por qualquer um. Além disto, este era um terreno frequentemente utilizado para se efectuarem exercícios militares, por vezes com cavalos, o que levava a que o campo ficasse frequent [più »] Quando o Benfica foi fundado em 1904 por um grupo de amantes do futebol, as condições de que dispunham eram quase nulas e jogavam futebol onde conseguiam encontrar a complacência dos donos dos receptivos terrenos.
Foi nas Terras do Desembargador, junto ao Convento das Freiras Salésias, em Belém, onde o clube teve o seu primeiro terreno de jogo.
Contudo este era um terreno público, onde qualquer um podia ir. Por isso eram frequentes os problemas com os transeuntes, que frequentemente se intrometiam no terreno de jogo. Qualquer um podia assistir aos jogos e sempre que a bola saía do terreno de jogo dava um certo trabalho reavê-la, em especial devido à garotagem. Outro problema era que muitos dos jogadores tinham um estatuto social elevado, e era desconfortável, estarem ali a serem criticados por qualquer um. Além disto, este era um terreno frequentemente utilizado para se efectuarem exercícios militares, por vezes com cavalos, o que levava a que o campo ficasse frequentemente em mau estado.
Foi nas Terras do Desembargador que o Benfica realizou o seu primeiro jogo, a 1 de Janeiro de 1905 em que venceu o Campo de Ourique por 1 – 0. Devido aos problemas expostos, o Benfica apenas realizou aí 6 jogos tendo vencido 5 destes destes e perdido 1.
Sendo este terreno impróprio para a prática do futebol, o clube jogou durante algum tempo em terrenos emprestados por outros clubes e terrenos privados, para poder disputar os seus jogos em casa.
fonte: http://cbenfica.com/ [« nascondere] |
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